Serão 9 mil voluntários, 300 deles selecionados pelo Hospital das
Clínicas de Ribeirão Preto; São 9 mil voluntários ao todo
A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou no
final da tarde da sexta-feira (3) a fase de testes da vacina contra
o novo coronavírus. Um dos locais que o composto será aplicado em
humanos é Ribeirão Preto.
O pedido para a fase de teste
em humanos, a terceira no desenvolvimento da vacina, foi feito pelo
Instituto Butantan, de São Paulo. Serão 9 mil voluntários, 300
deles de Ribeirão Preto.
"Aqui em Ribeirão estou planejando uma lista de quem tem
interesse em participar do estudo, que se incluam no critério do
estudo e rapidamente conseguir executar a fase de vacinação para
que a gente possa incluir mais pessoas", explicou Eduardo
Barbosa Coelho, médico e coordenador do estudo em Ribeirão Preto.
O especialista afirma que a seleção dos voluntários ocorrerá
através de sorteio. Os interessados poderão se inscrever através
de um canal que será aberto nos próximos dias. Ele reforça que o
ensaio não vai ser exclusivo para funcionários do Hospital das Clínicas.
Parceria com empresa da China
DIMAS COVAS, diretor do Instituto Butantan, anunciou em coletiva na
quarta-feira (1º) os locais escolhidos para a testagem da vacina.
Trata-se de uma parceria entre o Instituto Butantan e a gigante
farmacêutica Sinovac Biotech, da CHINA.
Em Ribeirão Preto, o Centro de Saúde Escola da Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP),
através também do Hospital das Clínicas, será o responsável
pela testagem.
O estudo clínico é a terceira fase de desenvolvimento da vacina.
É quando começam os testes nos seres humanos. Segundo DIMAS COVAS,
para cada pessoa que receber a vacina, outra recebe um placebo.
Depois é feito o acompanhamento.
A vacina é chamada de CoronaVac e já foi administrada com sucesso
em cerca de mil pessoas na China nas fases clínicas um e dois -
antes, já havia sido aprovada em testes de laboratório e em
macacos.
Se a vacina for aprovada, a Sinovac e o Butantan vão firmar acordo
de transferência de tecnologia para produção em escala industrial
tanto na China como no Brasil para fornecimento gratuito ao SUS
(Sistema Único de Saúde). Os passos seguintes são o registro do
produto pela Anvisa e fornecimento da vacina em todo o Brasil.

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