50 mil pessoas no mundo participam do teste da vacina britânica
contra covid-19 que pode ter registro até junho
Apesar de estar em estágio
avançado, a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade
de Oxford, do Reino Unido, e testada no Brasil, poderá ter o
registro liberado apenas em junho do ano que vem. É o que afirmou
Soraia Smaili, reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Ao todo, 50 mil pessoas
participam dos testes em todo o mundo, 10% delas no Brasil: 2 mil em
São Paulo, 2 mil na Bahia e outras 1 mil no Rio de Janeiro. O
Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) da
Unifesp coordena a aplicação da vacina em São Paulo, que começou
em junho com voluntários da área da saúde.
— Com a quantidade de
pessoas que estão recebendo a vacina no mundo, é possível que
tenhamos resultados promissores no início do ano que vem e o
registro em junho — afirma Soraia.
A Organização Mundial
de Saúde (OMS) classificou a vacina de Oxford como a mais adiantada
no mundo e, também, a mais avançada em termos de desenvolvimento.
Um dos centros que testa essa vacina é coordenado por uma
brasileira, a cientista Daniela Ferreira, doutora pelo Instituto
Butantan.
A universidade conseguiu
reduzir de 18 para 12 meses o período de testes da Fase 3, última
etapa dos estudos. Neste estágio, parte dos voluntários recebe a
vacina e parte recebe placebo, sem que saibam em que grupo estão
inseridos, o que é conhecido como “duplo-cego”. Eles serão
acompanhados por um ano.

|