Laboratório americano começa nesta quarta (5) a aplicar doses
nos primeiros selecionados; cadastro de candidatos será
disponibilizado na internet

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Equipe
do Centro Paulista de Investigação Clínica
destacada
para conduzir testes com a vacina da Pfizer |
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Os testes da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica
americana Pfizer em parceria com a alemã BioNTech começam nesta
quarta (5) no Brasil. As doses serão aplicadas em quinze voluntários
na cidade de São Paulo no primeiro dia.
Na quinta (6),
outros 20 selecionados receberão doses do imunizante em
desenvolvimento. E, na sexta, mais 15 pessoas terão acesso à
vacina na capital paulista.
Esta é a terceira
vacina experimental em fase final de testes com voluntários no país.
A seleção de
voluntários ainda está no começo. Até a próxima quinta-feira, o
cadastro de interessados em participar da etapa de testes será
disponibilizado nos sites das duas instituições selecionadas pela
Pfizer: o Centro Paulista de Investigação Clínica (Cepic), na
capital paulista, e a Instituição Obras Sociais Irmã Dulce,
situada em Salvador, na Bahia.
Os testes vão
mobilizar um total de 1.000 voluntários nas duas cidades e não estão
restritos a profissionais de saúde, como no caso da vacina do
laboratório chinês Sinovac que firmou parceria com o governo de São
Paulo.
Para ser candidato
na fase de testes da Pfizer, o candidato precisa ter entre 18 e 85
anos, além de não ter sido infectado pelo coronavírus.
Segundo o
reumatologista Cristiano Zerbini, diretor do Cepic e coordenador da
pesquisa em São Paulo, em cada instituição, os participantes serão
divididos em dois grupos de 250 pessoas.
Os integrantes de
um receberão a vacina e os demais, um placebo - substância sem
efeito contra a doença.
"Procuramos
pessoas que estão sob maior risco, as que precisam ser mais
protegidas. Isso inclui o profissional de saúde, mas também todos
aqueles que trabalham em hospitais como porteiros, faxineiros e
recepcionistas. Também queremos priorizar moradores de comunidades.
As pessoas menos favorecidas economicamente estão mais vulneráveis”,
avaliou Zerbini.

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