Ao todo, 12 núcleos foram selecionados para a realização de
testes
Mais
cinco centros de pesquisa do país vão dar início ainda esta
semana a testes com a vacina chinesa CoronaVac, da farmacêutica
Sinovac, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan.
Hoje
(5), as vacinas começaram a ser aplicadas em profissionais da saúde
na Universidade de Brasília (UnB) e, amanhã (6), no Hospital das
Clínicas na Unicamp, em Campinas (SP). Na sexta-feira (7), os
testes serão no Hospital das Clínicas da Universidade Federal do
Paraná, em Curitiba; e na Faculdade de Medicina de São José do
Rio Preto (SP). No sábado (8), será vez do Hospital São Lucas, da
PUC do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.
Até
o momento, já há cinco centros de pesquisa em operação para os
testes. O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP)
foi o primeiro a aplicar a CoronaVac, no dia 21 de julho. Na
quinta-feira (30) e na sexta-feira (31), os testes começaram no
Instituto de Infectologia Emílio Ribas; na Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP); na
Universidade Municipal de São Caetano do Sul; e no Centro de
Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da UFMG (Universidade
Federal de Minas Gerais).
Ao
todo, 12 núcleos científicos foram selecionados para a realização
da terceira e última fase de ensaios clínicos do imunizante. O
cronograma para início da aplicação das vacinas nos dois últimos
centros - o Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista,
e o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de
Janeiro – deverão ser anunciados em breve.
Os
testes com a CoronaVac serão realizados em nove mil voluntários.
Apenas profissionais da saúde que ainda não tiveram a doença e
que atuam com pacientes com a covid-19 poderão participar dos
testes. Para atender aos critérios, esses profissionais da saúde não
poderão ter outras doenças e nem estarem em fase de testes para
outras vacinas. As voluntárias mulheres também não poderão estar
grávidas.
A
vacina é aplicada em duas doses, com intervalo de 14 dias. Caso
seja comprovado o sucesso da vacina, ela começará a ser produzida
pelo Instituto Butantan.
Vacina
A
CoronaVac é uma das vacinas contra o novo coronavírus (covid-19)
em fase mais adiantada de testes. Ela já está na terceira etapa,
chamada clínica, de testagem em humanos. O laboratório chinês já
realizou testes do produto em cerca de mil voluntários na China,
nas fases 1 e 2. Antes, o modelo experimental aplicado em macacos
apresentou resultados expressivos em termos de resposta imune contra
as proteínas do vírus.
A
vacina é inativada, ou seja, contém apenas fragmentos do vírus
inativos. Com a aplicação da dose, o sistema imunológico passaria
a produzir anticorpos contra o agente causador da covid-19. No
teste, metade das pessoas receberão a vacina e metade receberá
placebo, substância inócua. Os voluntários não saberão que
vacina receberão.

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