É
grande a frequência de pacientes que contraíram o vírus nos últimos
10 dias, aponta pesquisa do SindHosp
Uma
pesquisa realizada pelo SindHosp, Sindicato dos Hospitais, Clínicas
e Laboratórios de Ribeirão Preto, mostrou que hospitais do estado
estão à beira do colapso com aumento excessivo de internações de
pacientes com Covid-19. Ao total, são 5.696 leitos ocupados
nas enfermarias e 2.575 leitos de UTI. Esses números fazem parte da
realidade de 14 dos 17 departamentos regionais de saúde em todo o
Estado de São Paulo, incluindo Ribeirão Preto.
Segundo
a pesquisa, feita há 15 dias, nota-se que o total de hospitais que
responderam ter tido aumento nas internações de Covid-19 foi
de 53%. Atualmente, são 91% que possuíram aumento nos últimos
10 dias, um crescimento significativo.
Segundo
Yussif Ali Mere Júnior, presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas
e Laboratórios de Ribeirão Preto e presidente da Federação dos
Hospitais do Estado, isso é reflexo das festas de final do ano e
carnaval, por mais que ele não tenham sido comemorados como todos
os anos, “mesmo que não tenha tido carnaval de rua oficialmente,
o feriado foi comemorado de alguma forma e foram formadas aglomerações”.
Também
há as aglomerações sem motivo e fora de datas consideradas
festivas, segundo Yussif. “As aglomerações não param. Em
Ribeirão Preto, por exemplo, foram brecadas mais de quatro festas
grandes, já aconteceram mais de 25 autuações. O comportamento das
pessoas está fazendo com que a pandemia não dê sossego para
nós, pelo contrário. Estamos vivendo a beira de um colapso em todo
o sistema de saúde”, afirma.
Crescimento
significativo
Hoje,
o Brasil é um dos países em que a pandemia está mais avançada.
O número de contaminações chega a 10.718.630, as internações
aumentam e, consequentemente, crescem as mortes por coronavírus,
que já estão em 259.271 atualmente. “A única solução que
temos hoje é esperar que a vacina diminua todo esse
movimento de internação. Já que, até agora, não houve ajuda da
própria população”, disse o presidente do Sindicato.
Ainda diante
ao número de internações, as novas variantes do coronavírus estão
fazendo com que os pacientes fiquem muito mais tempo internados,
precisando de suporte respiratório em UTI. A média antes era de 14
a 15 dias, que passou a ser de 18 a 20 dias.
Atendimentos
eletivos
O
cancelamento dos atendimentos eletivos, não é de vontade própria,
mas dentre o pico da pandemia, não há outra saída, “não dá
para levar para dentro de um hospital uma pessoa que está sã e que
vai realizar uma cirurgia simples, correndo risco de também ser
contaminada, sendo que essa cirurgia pode ser adiada para daqui um
ou dois meses, momento em que torcemos para que a situação atual
esteja mais calma”, afirma Yussif.
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