Motivo é o ataque cibernético aos sistemas do Ministério da Saúde
O governo vai
adiar em uma semana a entrada em vigor das regras sanitárias para
viajantes ingressarem no país. O motivo foi o ataque
cibernético a sites, aplicativos e sistemas do Ministério da Saúde,
nesta madrugada. A informação é do secretário executivo do
Ministério da Saúde (MS), Rodrigo Cruz, que conversou com a
imprensa na portaria do Ministério da Saúde, hoje (10).
O site do
Ministério da Saúde e a página e o aplicativo do ConecteSUS, que
fornece o Certificado Nacional de Vacinação Covid-19, foram
invadidos por hackers. A página do ministério já voltou a
funcionar, mas ainda não é possível acessar os dados sobre a
vacina contra covid-19, fornecidos pelo ConecteSUS.
Também foi
afetado o e-SUS Notifica, que recebe notificações dos estados e
municípios sobre a síndrome gripal suspeita e confirmada de covid-19.
Outro sistema afetado foi do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI).
"O time do
DataSUS está avaliando o restabelecimento da base de dados, mas a
gente ainda não tem um prazo. Por precaução, vamos publicar uma
portaria hoje postergando por sete dias o início da vigência das
regras que iniciariam amanhã", disse Cruz. Ele explicou que
portaria será publicada em edição extra do Diário Oficial
da União.
Segundo o secretário,
o objetivo é evitar que brasileiros que já estejam em viagem no
exterior sejam prejudicados por não conseguiram baixar documentos
que comprovem a vacinação contra covid-19. Ele acrescentou que o
ministério e o serviço de nuvem (armazenamento de dados) têm política
de backups (cópias de segurança).
Regras sanitárias
As novas regras
sanitárias entrariam em vigor neste sábado (11). Para entrar no
Brasil, viajantes terão que apresentar comprovante de vacinação
completa contra a covid-19, sendo que a aplicação da última dose
ou da dose única deve ter acontecido pelo menos 14 dias
antes do embarque. Também será exigido teste RT-PCR negativo
realizado até 72 horas antes ou teste negativo de antígeno
realizado 24 horas antes.
Os imunizantes
utilizados devem ser aprovados pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou
por autoridades sanitárias do país onde o viajante recebeu a dose.
Os passageiros não
vacinados, além de apresentarem os resultados dos testes, precisam
passar por uma quarentena de cinco dias na cidade listada como
destino final na Declaração de Saúde do Viajante. Ao final da
quarentena, um novo teste RT-PCR ou antígeno será exigido. Caso o
resultado seja positivo, o passageiro segue em quarentena. Caso dê
negativo, ele poderá circular normalmente pelo país.
Aeroportos
A partir da próxima segunda-feira
(13), os aeroportos de Brasília, de Guarulhos, em São Paulo, e do
Galeão, no Rio de Janeiro, terão postos de vacinação
contra a covid-19. Os terminais respondem pelo maior volume de
passageiros internacionais no país. A ideia, de acordo com o Ministério
da Saúde, é que os pontos estejam em funcionamento sobretudo nos
horários de maior movimento.
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