O Ministério da Saúde manteve nas mãos dos pais a decisão de
imunizar ou não seus filhos contra a doença
O
Ministério da Saúde decidiu que a vacinação em crianças de 5 a
11 anos contra a Covid-19 não será obrigatória, diferentemente de
todas as outras imunizações infantis previstas pelo Programa
Nacional de Imunização (PNI). Caberá aos pais ou responsáveis
dar o aval para a aplicação.
"A
distribuição de mais de 400 milhões de doses mostra o compromisso
do governo federal em prover vacinas para que a população
brasileira possa livremente buscar essas políticas públicas nas
nossas salas de vacinação", afirmou o ministro da Saúde,
Marcelo Queiroga, em coletiva desta quarta-feira (5).
Apesar
de manter nas mãos dos pais a decisão de vacinar ou não as crianças,
o Ministério da Saúde voltou atrás em relação à cobrança
da prescrição médica como condicionante para a aplicação.
Isso
ocorreu após representantes das sociedades médicas alertarem, em
audiência pública, que a medida é uma forte barreira de acesso,
pois muitas famílias brasileiras teriam dificuldade em conseguir o
exame. Em consulta pública, a própria sociedade
civil também se manifestou contra a exigência.
Agora,
a receita médica para que crianças se vacinem contra a Covid-19
será tratada como uma recomendação. "Imprescindível que os
pais, mães, responsáveis, consultem um médico antes de irem tomar
essa vacina. Essa preocupação [existe] porque a criança está em
pleno desenvolvimento. É importante essa informação",
afirmou a secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19,
Rosana Leite.
Em
janeiro, o governo pretende imunizar 3,7 milhões de crianças.
Segundo o ministério, o Brasil contratou mais de 20 milhões de
doses da vacina da Pfizer, que foi aprovada pela Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária), para serem aplicadas em crianças.
Segundo
a Saúde, a recomendação é pela prioridade de vacinação de
crianças com comorbidades ou deficiências permanentes. Depois, a
ideia é seguir pela ordem decrescente de idade, começando com as
crianças de 11 anos. A decisão, no entanto, fica a cargo dos entes
federados. "Isso vai ser decidido pela ponta. A parte do município
que vai definir como vai fazer essa imunização", disse
Rosana.
O
intervalo entre uma aplicação e outra será com intervalo de oito
semanas.
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