Países
estão sofrendo com a falta imediata de funcionários
Os
governos europeus estão flexibilizando as regras da covid-19 para
manter hospitais, escolas e serviços de emergência funcionando,
conforme a variante Ômicron, muito mais contagiosa porém menos
letal, muda a abordagem em relação à pandemia.
Embora
um aumento recorde de infecções ainda não tenha atingido o pico
na Europa, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse ser o
momento certo para começar a avaliar a evolução da doença
"com diferentes parâmetros".
O
retorno em massa das crianças às escolas após o feriado de Natal
é evidência de que poucos desejam ver uma volta ao aprendizado
online que marcou algumas das primeiras ondas de infecção.
Mesmo
que a França tenha registrado uma média recorde em sete dias de
quase 270.000 casos por dia, aliviou os protocolos de teste para
crianças em idade escolar, dizendo que muitas turmas foram
fechadas.
Em
Uganda, os estudantes retornaram às instituições fechadas há
quase dois anos. O fechamento ajudou a controlar a pandemia --com
apenas 3.300 mortes registradas--, mas o governo estima que cerca de
um terço dos alunos nunca voltará.
"Enfrentamos
tentações", disse Rachael Nalwanga, de 16 anos, voltando
alegremente às aulas enquanto muitos de seus ex-colegas de escola
trabalhavam em novos empregos ou cuidavam de bebês. "Não foi
fácil me manter segura em casa por tanto tempo, mas agradeço a
Deus", afirmou ela à Reuters na cidade de Kayunga.
Os
governos da Europa também impuseram lockdowns severos nas
primeiras fases da pandemia --com enormes danos às economias--, mas
agora querem evitar isso, sabendo que a Ômicron está colocando
muito menos pessoas no hospital, até porque muitas ou a maioria estão
vacinadas.
Os
países também estão sofrendo com a falta imediata de funcionários
em serviços essenciais, à medida que a Ômicron impulsiona um
aumento nos testes positivos.
Na
França, o número de pessoas hospitalizadas com Covid-19 aumentou
em 767, o maior salto desde abril de 2021, embora o número total,
de 22.749, ainda esteja em torno de dois terços do pico,
estabelecido em novembro de 2020.
O
Reino Unido começou a usar militares para apoiar o serviço de saúde
e alertou sua maior empresa privada de saúde de que poderia ser
necessário o repasse de tratamentos, incluindo cirurgias contra o câncer.
A
Espanha estava trazendo de volta médicos aposentados. Na Itália, o
desafio de quase 13.000 profissionais de saúde ausentes com testes
positivos de covid-19 foi agravado por suspensões por não vacinação.
Reino
Unido, Suíça, Espanha e Bélgica reduziram os períodos de
quarentena e facilitaram as condições para o retorno dos funcionários
ao trabalho.
|