Ministro da Saúde afirma
que reforço já foi solicitado à Pfizer; primeira remessa
destinada a esse público chegou hoje ao Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quinta-feira
(13) que busca junto à Pfizer mais 10 milhões de doses da vacina
contra a Covid-19 destinadas a crianças de 5 a 11 anos. Queiroga
falou sobre a previsão durante o recebimento do primeiro lote
de vacinas anti-Covid-19 para imunizar esse público.
"Há
possibilidade de reforçarmos o nosso calendário de vacinação até
março com pelo menos mais 10 milhões de doses de vacina. Isso
mostra o nosso compromisso com as entregas e políticas públicas e
pode atender aos anseios do povo brasileiro", afirmou. O
ministro já havia anunciado que a previsão é receber 20 milhões
de doses do imunizante para crianças até o fim de março.
Queiroga ainda
afirmou que o ministério está trabalhando adicionalmente para
reforçar a campanha de testagem em janeiro. Segundo ele, 28 milhões
de testes para a Covid-19 vão ser distribuídos, sendo que 13 milhões
serão entregues aos estados e municípios até o dia 15. Em
fevereiro, segundo ele, a pasta já tem 7,8 milhões de testes
assegurados.
"É necessário
que estados e municípios se associem na questão da testagem,
porque na ponta quem testa são os municípios, não é o Ministério
da Saúde. E, sem os secretários de Saúde, não tem testagem e não
tem vacina. Eles que estão na ponta aplicando", ressaltou. Na
última quarta-feira (12), o Conass (Conselho Nacional de Secretários
de Saúde) enviou um ofício ao ministério em que reconhece uma
nova onda de casos de Covid-19 no Brasil e solicita medidas do
governo federal, entre elas recursos para testagem em massa.
O primeiro lote da
vacina Comirnaty, da Pfizer, com 1,2 milhão de doses, chegou ao
Brasil às 4h45 desta quinta-feira (13). A vacina foi incluída no
PNO (Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a
Covid-19) após ampla polêmica. O uso do imunizante foi
autorizado pela Anvisa em 16 de dezembro, mas, antes de anunciar o
cronograma, o Ministério da Saúde abriu consulta pública e audiência
pública para discutir a obrigatoriedade da imunização e a
necessidade de prescrição médica
As medidas foram
criticadas por especialistas, que disseram que a postura gerava
insegurança na população. No fim, o ministério anunciou que a
vacinação não seria obrigatória e que não é necessário
receita médica para imunizar crianças de 5 a 11 anos.
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