Proteção contra a Covid-19 continua para ambientes fechados.
Governo prevê flexibilização total até quarta-feira (23)
O
estado de São Paulo retirou, nesta quarta-feira (9), a
obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção contra a Covid-19
ao ar livre. O anúncio foi feito pelo governador João Doria (PSDB)
durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, na
capital paulista. Doria assinou o decreto que permite a liberação
da proteção em ambientes abertos, como parques, ruas, centros de
eventos, entre outros.
As
máscaras, contudo, continuam valendo em locais fechados. O governo
afirmou que, caso os indicadores continuem estáveis ou em queda, a
flexibilização total pode ocorrer nas próximas duas semanas.
"Havendo a continuidade dos bons indicadores no número de
casos, internações e óbitos e do aumento da vacinação poderemos
anunciar ainda este mês a flexibilização em ambientes
fechados", disse Doria.
Segundo
dados do vacinômetro, 98,89% da população tem pelo menos
uma dose da vacina e 89,27% está com o esquema vacinal completo. "São
Paulo construiu um caminho seguro com a vacinação", afirmou
Regiane de Paula, coordenadora do PEI (Programa Estadual de Imunização).
O
uso do equipamento foi instituído pelo governo em ambientes
fechados e abertos em maio de 2020 como forma de evitar a disseminação
da doença. Desde então, o uso
da proteção vem sendo mantida pelo Comitê Científico do estado.
"Desde
maio de 2020, a gente esperava por esse momento e hoje ele se
concretiza. Tivemos uma coletiva em novembro em que o Comitê
avaliava essa medida e no dia seguinte houve a identificação da
variante ômicron", disse Paulo Menezes, coordenador do órgão.
Menezes
lembrou que, no final de janeiro, as projeções sugeriam um pico da
onda disseminada pela variante Ômicron, ao final de fevereiro.
"Mas já estava acontecendo. O pico foi na quarta semana do
ano, no fim de janeiro. Esse adiantamento é consequência de todas
as medidas tomadas e da vacinação", disse o médico.
"Temos uma perpectiva bastante positiva de continuar melhorando
nos indicadores."
"Não
posso dizer que a pandemia está no fim, mas ela está num momento
extremamente favorável. Ainda assim as aglomerações favorecem a
disseminação do vírus, a nossa recomendação é que as pessoas
se protejam."
O
coordenador executivo, João Gabbardo, afirmou que a flexibilização
deve ser feita com segurança. "O Comitê Científico mantém a
obrigatoriedade das máscaras em ambientes fechados." O médico
citou alguns exemplos de situações em que as máscaras devem ser
mantidas. São elas:
» Pessoas com sintomas gripais devem continuar usando as máscaras;
» Pessoas que não foram vacinadas precisam utilizar as máscaras;
» Pessoas imunodeprimidas têm recomendação para seguir a proteção;
» Em ambientes com grandes recomendações.
O
secretário estadual de educação, Rossieli Soares, afirmou que a
medida vale para crianças nas escolas. "Elas vão poder estar
nos parques e nos ambientes abertos já sem máscaras. Nas salas de
aulas, as máscaras continuam obrigatórias. Nas quadras não será
necessário ou em qualquer outro ambiente aberto."
O
governador lembrou ainda que em ambientes fechados como trens, metrô,
ônibus, shoppings centers e estabelecimentos comerciais em geral
ainda é obrigatório o uso da proteção.
Estudos
têm afirmado que a possibilidade de transmissão da doença é
menor em ambientes ao ar livre, enquanto é mais alta em locais
fechados e sem ventilação, mesmo quando há distanciamento social.
Em
cerca de dois anos de pandemia, a flexibilização do uso de máscara
só começou a ser planejada pelo governo em novembro do ano
passado. Com os indicadores da pandemia em baixa e o alto índice de
vacinação no estado, o governo chegou a anunciar a flexibilização,
mas voltou atrás depois da descoberta da variante Ômicron, muito
mais transmissível.
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