
Foto: Max Gallão |
É
o movimento invisível, mas presente. Um sopro de
vida que atravessa gerações, rompe o silêncio
das ruas e pinta de cor o que estava desbotado. É
a arte que pulsa, que vibra, que chama. Um gesto,
uma imagem, uma canção — e de repente, nos
reconhecemos no outro. Nos tornamos parte de algo
maior.
Esse
movimento é feito de memória e de alma. É
quando uma fotografia antiga encontra novo sentido
numa parede grafitada, quando um poema perdido no
tempo encontra voz em uma boca jovem. A arte
resgata, reconta, reconstrói. Ela abraça sem
perguntar de onde viemos — apenas acolhe.
A
vida é um sopro. Mova-se ou será devorado.
No
compasso acelerado dos dias, é fácil esquecer o
que importa. Mas a arte nos lembra. Ela nos puxa
pela mão, nos faz parar, sentir, refletir. E, ao
fazer isso, nos salva. Porque quem cria, resiste.
Quem expressa, transforma. Quem se move com a
arte, encontra caminho mesmo no caos.
O
Movimento das Artes salva.
Ele
salva a história, salva a emoção, salva o
humano em nós. Ele ergue pontes onde havia muros.
Faz do instante, eternidade. Faz do esquecimento,
memória viva. Porque onde há arte, há presença.
E onde há presença, há vida em sua forma mais
potente.
Max
Gallão
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